sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Ibovespa afunda em sessão de aversão global com Covid-19

 

Ações1 hora atrás (26.11.2021 12:21)
Ibovespa afunda em sessão de aversão global com Covid-19© Reuters. Sede da B3 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa afundava nesta sexta-feira, acompanhando clima de aversão global após a descoberta de uma variante possivelmente resistente a vacinas, e em meio ao recrudescimento da pandemia, especialmente na Europa.

Às 10:52, o Ibovespa caía 2,78%, a 102.869,83 pontos. O volume financeiro era de 3,6 bilhões de reais.

As empresas ligadas a turismo e viagens Gol (SA:GOLL4), CVC e Azul eram as maiores quedas em percentual do índice, enquanto em pontos, a Vale dava a maior contribuição negativa.

Pouco se sabe sobre a variante, detectada primeiramente na África do Sul, e depois em Botswana e Hong Kong, mas cientistas dizem que ela tem uma combinação atípica de mutações, e pode ser capaz de evitar respostas imunológicas e ser mais transmissível.

O enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à Covid-19, David Nabarro, disse que é apropriado estar preocupado com a disseminação da nova variante do coronavírus identificada na África do Sul.

Os futuros de ações norte-americanos cediam antes da abertura, enquanto o mercado acionário europeu caminhava para a pior sessão em mais de um ano.

Há pouco, a Anvisa recomendou restrição para voos e viajantes de África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

No cenário doméstico, fora o noticiário da Covid-19, investidores seguem atentos a qualquer novidade sobre a PEC dos Precatórios, que deve ser votada em comissão no Senado na semana que vem.

DESTAQUES

- GOL PN cedia 11%, AZUL PN (SA:AZUL4) caía 9,8% e CVC ON (SA:CVCB3) afundava 8,9%. Setor aéreo e de turismo é muito sensível ao noticiário da Covid-19 e havia mostrado forte alta na véspera, especialmente Gol e CVC. EMBRAER ON (SA:EMBR3) caía 7,9%.

- VALE ON (SA:VALE3) caía 3,7%, enquanto CSN ON (SA:CSNA3) afundava 5,4% e USIMINAS PN (SA:USIM5) recuava 5,1%, acompanhando queda no contratos futuros do minério de ferro e aço na China, dada a preocupação com a nova variante e novos casos de Covid-19 em Xangai, aumentando as preocupações dos investidores sobre a recuperação econômica global.

PETROBRAS PN (SA:PETR4) caía 2,6% e ON cedia cerca de 3%, com petróleo afundando mais de 5%, também por conta da Covid-19.

- BRADESCO PN (SA:BBDC4) recuava 3,6% e ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) tinha queda 2,5%.

- LOCALIZA ON (SA:RENT3) cedia 4% e UNIDAS ON caía 4,5%. O jornal Valor Econômico publicou que Localiza ofereceu a venda da marca Unidas para conseguir aprovação para a compra da rival junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Representantes o Cade não se manifestaram de imediato. A Localiza apenas afirmou em comunicado que "a operação está em processo de análise pelo Tribunal do Cade".

- SUZANO (SA:SUZB3) ON, KLABIN UNIT (SA:KLBN11) E REDE D'OR eram os únicos papéis do Ibovespa operando no positivo.



Fonte: Reuters

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Black Friday: Ativa seleciona cinco ações baratas na bolsa brasileira

 

Carteiras Recomendadas19.11.2021 11:52
Black Friday: Ativa seleciona cinco ações baratas na bolsa brasileira© Reuters.

Investing.com - Na Semana que antecede a Black Friday, a Ativa Investimentos montou uma carteira de ações especialmente para a data. Especialistas da corretora selecionaram cinco ativos considerados descontados, que estariam "em promoção".

“Separamos ativos que estão com uma movimentação de baixa há alguns meses, ou seja, estão descontados em relação aos seus concorrentes. Vamos ter também papeis que vêm trabalhando em recuperação com a retomada de alguns setores, como o varejista”, explica Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos e responsável pela carteira Black Friday.


Confira a carteira Black Friday da Ativa

3R Petroleum (SA:RRRP3) – Segundo a Ativa, o papel vem de uma movimentação de baixa desde julho de 2021, estando descontada em relação a seus concorrentes, sendo que o preço do barril de petróleo vem sofrendo altas constantes, o deve favorecer as ações da empresa.  

Americanas SA (SA:AMER3) – As ações vem trabalhando em recuperação com a retomada de força do setor varejista, principalmente com a tecnologia do marketplace e do e-commerce, conforme a corretora.

B3 (SA:B3SA3) –  De acordo com a Ativa, o papel vem trabalhando movimentação de recuperação após as fortes baixas desde janeiro. Para o analista, o preço está apresenta descontado, mesmo sendo o monopólio brasileiro em bolsa de valores.

Sabesp (SA:SBSP3) – O fim da crise hídrica pode estar chegando, o que tende a  favorecer o movimento de alta das ações da empresa,  segundo a Ativa.

Suzano (SA:SUZB3)  –  A empresa é a principal companhia do setor de papel e celulose e exportadora do produto, que a favorece por conta do aumento do dólar em relação ao real, para o analista da corretora.



Fonte: Investing.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Confira as ações brasileiras preferidas pela Morgan Stanley para 2022

 

Ações21 horas atrás (23.11.2021 15:26)
Confira as ações brasileiras preferidas pela Morgan Stanley para 2022© Reuters.

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - O Morgan Stanley classifica o mercado brasileiro para 2022 como positivo, levando em consideração a América Latina como um todo, e projeta uma performance overweight, segundo relatório distribuído a clientes na segunda-feira (22)..

Os setores preferidos pelo banco no Brasil são o de Agricultura, Alimentos e Petroquímicos. Porém, segundo o relatório divulgado, o Morgan Stanley (NYSE:MS) não está favorável aos segmentos de tecnologia, bancos ou transporte.

Sendo assim, as ações brasileiras recomendadas pelo banco americano para 2022 são XP (NASDAQ:XP) (SA:XPBR31), Itaú (NYSE:ITUB), Minerva (SA:BEEF3), Vale (NYSE:VALE), Gerdau (SA:GGBR4) e Petrobras (NYSE:PBR).

De acordo com o Morgan Stanley, a Petrobras (SA:PETR4) deve se beneficiar de preços de energia mais altos e, por isso, indica um preço-alvo de US$ 13,60 para a ação. Apesar dos ruídos políticos indicarem um risco de intervenção na política de preços da estatal, a continuidade no programa de vendas de refinarias alivia essa tensão.

A Vale (SA:VALE3), por outro lado, deve continuar a ser negociada abaixo do seu valor intrínseco e com múltiplos baixos, mesmo com uma boa geração de fluxo de caixa. Isso por causa da incerteza em torno do mercado imobiliário e do aço da China, além do potencial para royalties de mineração mais elevados no Brasil. A recomendação do Morgan Stanley é de um preço-alvo de US$ 16.

Sobre a Gerdau (NYSE:GGB), o relatório aponta de forma positiva para a sua infraestrutura nos Estados Unidos, mas ressalta a tendência de queda nos preços do aço nos EUA e no Brasil, que podem afetar negativamente as ações em um futuro próximo. Ainda assim, a indicação é por um preço-alvo de R$ 34.

A escassez global de carne bovina deve privilegiar a Minerva, ao passo que as margens no Brasil estão melhorando. Além disso, a empresa tem um potencial para realizar um pagamento de dividendos significativo em 2021. O preço-alvo recomendado é de R$ 16,50.

O Morgan Stanley destaca o potencial de crescimento da XP na indústria e a sua capacidade de capturar a mudança de alocação de ativos para fora da poupança. O modelo de negócio da companhia também é atrativo, já que as sinergias e a plataforma aberta potencializam a expansão para novos mercados verticais. Por isso, a recomendação é de um preço-alvo de US$ 62.

Já em relação ao Itaú (SA:ITUB4), o Morgan Stanley acredita que o mercado está subestimando os benefícios do excesso de liquidez e da melhoria do mix de ativos à medida que os empréstimos aumentam. Os últimos resultados do banco brasileiro também indicam resiliência para enfrentar o próximo ciclo de inadimplência no país. Assim, a indicação é de um preço-alvo de US$ 7,20.

Além dessas ações preferidas, o relatório do Morgan Stanley destaca em um segundo plano os papéis de Rumo (SA:RAIL3), CCR (SA:CCRO3), Energisa (SA:ENGI11), Klabin (SA:KLBN11), Focus Energia (SA:POWE3), Natura (SA:NTCO3), Sao Martinho SA (SA:SMTO3).

Previsões para 2022

O Morgan Stanley acredita que a relação entre o risco e retorno no Brasil deve começar a melhorar a partir do segundo trimestre, quando o cenário eleitoral se tornar mais claro. As eleições serão um evento chave para determinar o cenário macroeconômico em 2022.

Além disso, considerando que o primeiro trimestre do ano costuma ser mais chuvoso, em abril já será possível reavaliar a situação hídrica no país e ver se haverá ou não uma crise no setor elétrico.

O target do Ibovespa é de 120 mil pontos, um avanço de 17%.



Fonte: Investing.com

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Bitcoin recua para US$ 56 mil após anúncio do FED. Binance Coin, SAND e MANA sobem 35%

 

Cripto3 horas atrás (23.11.2021 10:01)
Bitcoin recua para US$ 56 mil após anúncio do FED. Binance Coin, SAND e MANA sobem 35%© Reuters. Bitcoin recua para US$ 56 mil após anúncio do FED. Binance Coin, SAND e MANA sobem 35%

A terça-feira (23) começou em baixa para seis das principais criptomoedas do mercado. Com quedas acumuladas entre 1 e 5% nas últimas 24 horas, poucas apresentavam sinais de uma possível recuperação. Ao todo, o mercado completa 13 dias em queda.

Entre as moedas em alta no mercado, destacamos a Binance Coin e a Dogecoin, que subiram cerca de 0,82% nas últimas 24 horas. Além disso, tokens de jogo como SANDENJ e MANA valorizaram entre 10% e 35% nas últimas 24 horas.

Bitcoin, maior criptomoeda em capitalização e unidades, atingiu o nível de US$ 55 mil às 6h. Este é um dos valores mais baixos apresentados pela moeda desde o dia 13 de outubro. Às 10h, o preço do BTC era de US$ 56 mil. A queda acumulada nas últimas 24 horas é de 1,53% e na última semana é de 7%.

No entanto, apesar da queda no preço da moeda, o volume de operações com o Bitcoin cresceu 25,75%, nas últimas 24 horas. Os dados são do CoinMarketCap.

Ethereum, segunda maior criptomoeda do mercado, também amanheceu em queda de 1,35% nas últimas 24 horas. O preço atualizado da moeda é de US$ 4.136. No entanto, de acordo com o TradingView, a moeda subia cerca de 1,06% às 8h, com fortes sinais de recuperação.

Além delas, moedas como SolanaCardanoXRPPolkadot e Avalanche caíram de 0,6% a 4% nas últimas 24 horas.

Anúncio do FED derruba dólar e criptomedas

Na tarde da última segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a recondução de Jerome Powell para mais um mandato à frente da Federal Reserve (FED). A notícia da continuidade, fez o dólar recuar cerca de 0,71% em relação ao real brasileiro.

Desta forma, investidores interessados em conferir seus lucros e temendo uma queda ainda maior do dólar no mercado, recomeçaram as retiradas.

Nos últimos dias, temos visto um grande movimento de realização de lucros, principalmente no mercado asiático, o que tem interferido diretamente no preço das criptomoedas. Para muitos especialistas, momentos como este ainda não são para ser vistos com olhos pessimistas.

O rali de outubro que ajudou o BTC e outras criptomoedas a achegarem em valores históricos, tem feito com que muitos investidores retirem seus lucros. Com isso, as madrugadas têm sido o período de maior volatilidade.

Neste contexto, não podemos ainda dizer que o BTC ou que outras criptomoedas correm riscos de grandes perdas. Um ponto positivo e uma grande prova de sua popularidade, são os grandes investimentos feitos por empresas tidas como “tradicionais”, como o Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), para agregar o “mundo blockchain” ao seu contexto.

No entanto, vale lembrar que assim como o real, as criptomoedas também sofrem fortes influências de decisões governamentais. Neste caso específico, notícias do mundo inteiro podem interferir no valor das moedas. Um exemplo são os esforços da China e outros países para a proibição da mineração e circulação das criptomoedas.



Por CriptoFácil

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

 

Ações5 horas atrás (22.11.2021 08:42)
Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira© Reuters.

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - O banco central da China sugere uma possível flexibilização da política, à medida que a crise imobiliária desacelera a economia. A Europa protesta violentamente contra a reintrodução de bloqueios por causa da pandemia e a imposição de vacinas. A PEC dos Precatórios não será suficiente para bancar todas as promessas do governo brasileiro.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 22 de novembro.

1. China sugere flexibilização monetária

O banco central da China deu a entender que vai flexibilizar a política monetária do país, à medida que enfrenta uma desaceleração causada pelos problemas do setor imobiliário.

O Banco Popular da China deixou sua taxa básica de juros inalterada em 3,85% na sua última reunião sobre a política monetária, mas retirou alguns de seus comentários mais agressivos do comunicado que acompanha a decisão. Ele havia falado anteriormente da necessidade de controlar rigidamente a oferta monetária e não sobrecarregar a economia com estímulos.

iuan, que tem sido uma das moedas mais fortes dos mercados emergentes durante todo o ano, subiu para 6,3794 em relação ao dólar, continuando a testar o que seria uma máxima de 3 anos e meio, enquanto os índices de ações de referência subiram até 1,4%.

2. As limitações da PEC dos Precatórios

Apesar da PEC dos Precatórios abrir um espaço de R$ 89,6 bilhões no Orçamento em 2022, é improvável que o Governo consiga cumprir todas as promessas feitas, como o reajuste salarial para funcionários públicos.

De acordo com cálculos feitos pela economista da Tendências Consultoria e pesquisadora da FGV-Ibre, Juliana Damasceno, e apresentados ao Valor Econômico, as despesas prometidas como Auxílio Brasil, correção de mínimos constitucionais e emendas impositivas, vale-gás, Auxílio diesel, expansão do fundo eleitoral e revisão de gastos indexados ao INPC, já alcançam os R$ 102,7 bilhões.

Isso faria com que ainda faltassem R$ 13,1 bilhões no Orçamento, além do total que seria liberado pela PEC dos Precatórios.

3. Mercado americano de ações

As ações dos EUA devem começar a semana claramente em alta, após fechar a semana passada de forma mista, dividida entre uma perspectiva econômica geralmente positiva e o medo de um aperto acelerado da política monetária. O vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, reconheceu que os formuladores de políticas do Fed podem discutir uma eliminação mais rápida de suas compras de títulos do que o planejado atualmente quando se reunirem novamente no mês que vem.

Às 08h57, os futuros da S&P 500 subiam 0,41%, enquanto os da Nasdaq 100 e do Dow Jones avançavam 0,38% e 0,48%, respectivamente. O EWZ, ETF que mede o desempenho das ações brasileiras em Wall Street, tinha alta de 0,14% no pré-mercado.

O dia está desprovido de indicadores econômicos importantes. A Zoom Video (NASDAQ:resultados trimestrais, mas somente após o fechamento. Outras ações em foco incluem a Vonage (NASDAQ:VG), que a Ericsson (BS:ERICAs) quer comprar por US$ 6,2 bilhões, e a KKR, que acendeu um incêndio nas ações europeias de telecomunicações com uma oferta pela Telecom Italia (MI:TLIT).


4. A Europa se revolta contra as medidas da Covid-19

A taxa de inflação da Alemanha atingirá 6% este mês, enquanto a economia desacelerará, alertou o Deutsche Bundesbank em um relatório mensal que coloca o recente aumento nos casos de Covid-19 em toda a Europa em um contexto ainda mais sombrio.

Houve motins contra a reintrodução de restrições de mobilidade na Holanda e na Bélgica no fim de semana, e protestos em menor escala na Itália, Croácia e Áustria, o último dos quais impôs um bloqueio total em todo o país no final da semana passada.

Karl Lauterbach, um importante especialista em saúde do SPD de centro-esquerda que provavelmente chefiará o próximo governo de coalizão, disse no fim de semana que o país não podia mais descartar a obrigatoriedade de vacinação para todos. O euro continuou a lutar abaixo de US $ 1,1300, enquanto isso

5. O petróleo enfrenta dificuldades após o Japão se aquecer com os planos de liberação de reservas

As notícias da Europa também enfraqueceram o petróleo, o que gerou expectativas de restrições generalizadas à mobilidade nos próximos meses. Instituições como a IEA e a Opep já alertaram que o mercado pode passar de escassez a superávit em função dessa e de outras tendências.

Às 08h58, os futuros de petróleo nos EUA recuavam 0,74%, a US$ 75,38 o barril, enquanto os de Brent caíam 0,71%, a US$ 78,33.

Na sexta-feira, os dados da CFTC mostraram que as posições compradas especulativas caíram novamente na semana até terça-feira, sugerindo que os players perderam a fé no ímpeto do petróleo em meio a conversas crescentes sobre uma liberação coordenada de reservas estratégicas por grandes consumidores. O novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, indicou anteriormente que o Japão estaria aberto a tal movimento.


Fonte: Investing.com

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Mercado subestima reabertura, diz JPMorgan, que aposta em ações brasileiras

 

Ações18 horas atrás (17.11.2021 19:27)
Mercado subestima reabertura, diz JPMorgan, que aposta em ações brasileiras© Reuters. Mercado subestima reabertura, diz JPMorgan, que aposta em ações brasileiras

O ruído da política fiscal brasileira tende a diminuir até o fim do ano, a economia global está melhorando, com a pressão na cadeia de abastecimento atingindo um pico, e o mercado está subestimando a reabertura com a Covid-19 sendo um risco muito menor, avalia a equipe de análise do JPMorgan, em relatório a favor do apetite ao risco na B3 (SA:B3SA3).

“Nós mantemos nosso call otimista sobre as ações brasileiras, que se baseia numa postura pró-risco em termos de alocação global de ativos e na visão de que muita coisa já está precificada (incluindo uma macro muito mais fraca e uma eleição feia). Achamos que estamos vendo o capítulo bem inicial de uma potencial valorização do mercado”, escrevem as estrategistas do banco focadas em Brasil e América Latina, Emy Shayo Cherman e Cinthya Mizuguchi.

Em termos de setores, as especialistas destacam bancos, commodities e histórias estruturais de crescimento. Simultaneamente, evitam exposição em empresas de segmentos cíclicos domésticos, ou seja, muito atrelados à atividade econômica, como varejistas, que provavelmente sentirão o impacto de taxas de juros elevadas e crescimento mais lento.

Bolsa barata

A dupla do JPMorgan aponta que o múltiplo de preço sobre lucros (P/E) do Ibovespa para os próximos 12 meses se situa em 7,4 vezes, o que está abaixo da média história de 11 vezes. Mesmo excluindo commodities e energia (tidas como ações baratas e com grande peso no índice), o “Brasil continua barato”, com o Ibovespa negociando em 11,8 vezes, também inferior à média de 12,2 vezes.

Importante salientar que há a expectativa de revisões de lucros por parte das empresas em meio à temporada de resultados do terceiro trimestre, que caminha para o fim. Até o momento, segundo o banco americano, 66% das empresas reportaram seus balanços, sendo que 52% superaram as projeções, enquanto 32% frustraram os analistas.

Além disso, em dólar, os ativos brasileiros se encontram baratos levando em conta o câmbio, que deve fechar 2021 em R$ 5,40 e ficar em R$ 5,50 ao fim de 2022. Assim, os investidores estrangeiros já injetaram a cifra líquida de R$ 57 bilhões na B3 desde o início do ano até agora. Só em novembro já são R$ 2,4 bilhões após R$ 12,3 bilhões em outubro.

Eleições

O time do JPMorgan entende que o cenário de polarização de Bolsonaro versus Lula na eleição presidencial de 2022 já está incorporado nos preços das ações. Isso quer dizer que o surgimento de uma terceira via está completamente descontado, na visão das estrategistas. Elas citam as primárias do PSDB previstas para 21 de novembro como um evento para ficar de olho.



Por Mercado News

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Analistas indicam ações para resistir à incerteza fiscal

 

Ações19 horas atrás (16.11.2021 19:00)
Analistas indicam ações para resistir à incerteza fiscal© Reuters. Analistas indicam ações para resistir à incerteza fiscal

Diante do clima de instabilidade política e da piora das perspectivas para a situação fiscal brasileira, os analistas André Carvalho, do Bradesco BBI, e José Cataldo, da Ágora Corretora, elencaram 28 ações que, conforme sua avaliação, são as melhores escolhas em seus respectivos setores para resistir às incertezas do cenário atual na Bolsa de Valores.

Os analistas acreditam que a PEC dos Precatórios deve ser aprovada até o fim de novembro ou o início de dezembro, sem sofrer grandes alterações no texto, o que é considerado “um passo importante para definir o novo mix de políticas econômicas”. Por outro lado, Carvalho e Cataldo avaliam que a PEC mina a credibilidade do teto de gastos e desacelera o processo de ajuste fiscal, abrindo espaço para aumento dos gastos públicos nos próximos 10 anos.

Para Ágora e Bradesco BBI, a taxa Selic deve chegar a 11,5% em março de 2022, enquanto o dólar deve se manter entre R$ 5,50 e R$ 5,70 no fim do ano que vem, apesar do aperto monetário conduzido pelo Banco Central (BC). Isso porque os fundamentos da economia brasileira seguem se deteriorando, e o futuro da política econômica é incerto.

Como se posicionar?

O Brasil deve atravessar um momento de alta incerteza até o fim de 2022, com o risco de recessão econômica no radar. As eleições do ano que vem prometem trazer ainda mais volatilidade para os mercados, demandando cautela dos investidores. Para tentar entender quais setores tendem a apresentar um bom desempenho nesse cenário, os analistas observaram o desempenho setorial do índice MSCI Brasil em momentos recentes.

“Em períodos de alta incerteza da política econômica, alguns setores que superaram o índice foram Financeiro, Produtos Básicos de Consumo, Tecnologia, Saúde e Industriais, enquanto Utilities, Telecom, Petróleo e Gás e Mineração & Siderurgia tiveram desempenho inferior.”

De olho nesse contexto, os analistas ressaltam a importância da diversificação como forma de reduzir a volatilidade das carteiras de investimento, e indicam as ações de 28 companhias de 10 setores distintos da Bolsa:

Financeiro: Itaú (SA:ITUB4)

Varejo: Lojas Renner (SA:LREN3), Centauro (SA:SBFG3), Alpargatas (SA:ALPA4) e Assaí (SA:ASAI3)

Materiais: Suzano (SA:SUZB3), Usiminas (SA:USIM5) e Vale (SA:VALE3)

Transportes e Bens de Capital: Santos Brasil (SA:STBP3), Embraer (SA:EMBR3), Weg (SA:WEGE3) e Rumo (SA:RAIL3)

Petróleo e Gás: PetroRio (SA:PRIO3), Vibra (SA:VBBR3) e Petrobras (SA:PETR4)

Alimentos e Bebidas: Ambev (SA:ABEV3), BRF (SA:BRFS3) e M. Dias Branco (SA:MDIA3)

Saúde: Hapvida (SA:HAPV3)

Tecnologia e Telecom: Totvs (SA:TOTS3)

Utilities: Alupar (SA:ALUP11), Cteep (SA:TRPL4), Neoenergia (SA:NEOE3), Engie (SA:EGIE3), Cesp (SA:CESP6)

Imobiliário: MRV (SA:MRVE3), Multiplan (SA:MULT3) e Aliansce Sonae (SA:ALSO3)



Por Mercado News

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